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Contador para New Moon

O blog se mudou!!!

Esse blog se fundiu com o Caxorro Quente, portanto todas as postagens da série Crepúsculo estão sendo postadas no Caxorro Quente Revolution, com o link abaixo!!!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Verde, Vermelho, Dourado - 09: Delustre Dourado

Eu a ajudei, esta mulher, esta Esme. Minha suposição sobre seu rosto tinha sido correta, ela era uma mulher tremendamente apaixonada e amava os outros sem reserva. A sua bondade comigo era esmagadora no começo. Era difícil não sentir que eu tinha de devolver aquela bondade, embora eu muitas vezes falhei em fazê-lo.

Então, enquanto Carlisle trabalhava, eu ficava com Esme. Ensinando a ela tudo que me havia sido ensinado. Protegendo-a tanto quanto eu podia, assim como quando eu era um recém-criado. Fomos caçar juntos e ela falava comigo frequentemente. Sua mente estava tão aberta e honesta, era bem refrescante. Especialmente depois de passar o dia com mentes adolescentes.

Eles casaram-se rapidamente. Estive lá na pequena e íntima cerimônia. Qualquer outra pessoa teria questionado a velocidade de sua relação, mas eu sabia que eles haviam se conhecido antes e isto era de fato destinado a acontecer. Eles eram a alma gêmea um do outro, e eu estava feliz pela felicidade de Carlisle. Mesmo se isso significasse que nossas vidas iriam mudar drasticamente.

Ainda assim, ela não era minha mãe, embora muitas vezes visse isso ansiando em sua mente. Ela tinha instintos maternais tão fortes que era difícil não sentir as mesmas emoções. Era uma das muitas desvantagens de ser um leitor de mentes. Era tão difícil de vez em quando decifrar entre desejos interiores de alguém dos meus. Eles muitas vezes se misturavam.

“Isto é belo, Edward,” ela disse a medida que ela se aproximava de mim. Eu estava dedilhando o piano como de hábito.

“Obrigado,” respondi educadamente, sabendo que ela esperava nada além de educação.

“Acho de que todas as canções que o ouvi tocar, acredito que essa é minha favorita.” Ela emitiu ao se sentar ao meu lado no banco.

“Possivelmente será esse o título,” eu disse, “A Favorita de Esme.”

Ele realmente faria isso por mim? Talvez ele permita que eu o ame como meu filho.

Encolhi-me e ela notou.

“Sinto muito, Edward. Ainda não estou acostumada com sua capacidade de ler mentes,” ela disse graciosamente.

“Levará tempo,” respondi sem emoção. “Carlisle também levou algum tempo antes que se acostumasse.”

“Me desculpe, realmente não pretendo me intrometer.” Me perdoe.

Olhei para ela, um rosto irradiando sinceridade. Eu tinha dificuldade em decifrar a anatomia de Esme. Ela conseguia de alguma forma ajustar um coração de 100kg em um corpo de 50.

“Desejo falar com você sobre um certo assunto.” Ela hesitou.

Suspirei. “Eu apenas verei as palavras da sua cabeça, Esme, se você não as disser em voz alta.”

As suas desculpas foram um sorriso.

“Como você se sente em relação a encontrar uma companheira?” Ela segurou sua respiração enquanto esperava.

“Não sinto nada, na verdade. Não tenho nenhuma necessidade de uma companheira,” encolhi os ombros.

“Mas, você não deseja encontrar uma companheira? Sua outra metade?” Ela franziu as sobrancelhas preocupadamente.

“Não há uma outra metade,” informei-a. “Sou completo comigo mesmo.”

Os ouvi naquela noite, falando sobre mim. Aumentei o volume da minha música. Tentei tirá-los de sintonia, dar-lhes privacidade conjugal tanto quanto eu podia. Independentemente, sabendo que alguém está falando de mim pelas costas nunca era agradável.

“O que é Esme?”

“Estou preocupada com o nosso… seu… filho.” Seu amigo… sua… droga, eu disse a palavra errada?

Carlisle suspirou. “Ele é nosso filho, Esme. Edward só precisa de tempo, não tem sido fácil para ele.”

“Quantos anos ele tinha quando você o transformou?” Era demasiado jovem, talvez?

“Dezessete. Ele morria da Gripe Espanhola. A mãe dele, antes de morrer, pediu que eu o salvasse. Portanto eu o fiz.” Ela tinha os mesmos olhos verdes…

A minha mente animou-se com isso, Carlisle nunca havia mencionado minha mãe humana antes. Muito sutilmente diminuí a música.

“Você acha que ele era muito jovem quando você o transformou?” A sua voz estava cheia da tristeza. Pobre garoto, ele deve ter se sentido péssimo perdendo de sua mãe dessa maneira…

“Por que você diz isto?”

“Não é normal. Entendo que ele esteja vivo há mais do que dezessete anos, mas que menino adolescente não iria querer uma companheira?” Seguramente existem vampiras apropriadas…

“Edward não é um garoto,” contrariou Carlisle, “ele é um homem no seu próprio direito. E ele tem sido tudo menos normal. Ele é extraordinário.”

“Concordo,” disse Esme cautelosamente, “mas parte meu coração vê-lo tão sozinho o tempo todo.” Tocando com seu piano, sendo tão doce como é, não parece o bastante…

“Eu sei, Esme, eu me sinto da mesma forma.”

Zombei desses dois. Quem eram eles para ditar o que eu devia ou não devia ser? Só porque eles tinham encontrado um ao outro, isso não lhes dava o direito de decidir minha vida. Como Carlisle disse, eu era um homem e fazia as minhas próprias escolhas. Eu não gostei nem um pouco do modo que eles pensaram em mim como somente um garoto. Isso me lembrou de memórias humanas vagas quando o meu pai humano me mostrava como ‘aquele garoto’ em reuniões sociais. Era irritante e não menos irritante agora.

Estou isolando meu quarto à prova de som, eu jurei.

O primeiro ano de Esme chegou ao fim e eu tinha terminado o ensino médio há muito tempo. Era hora de nos mudarmos. Novamente. Esta mudança em particular deixou-me preocupado e eu não tinha nenhuma explicação. Carlisle tinha escolhido Rochester, Nova York, como nosso novo lar. Esme tinha pedido para ser encarregada das renovações e decorações de casa. Tive de sorrir para aquilo, era óbvio que mantínhamos nossa casa regularmente sem o toque de uma mulher. Agora era a vez dela.

Explorei Rochester em dias nublados, inspecionando esta área por algo novo. Estava ansiando por algo diferente do que nossa charada humana habitual. Nosso disfarce aquele tempo foi simples, eu era o irmão mais jovem de Esme e o cunhado de Carlisle. Mesmo nos nossos atos, eles não eram meus pais.

“Carlisle,” eu disse, quando voltei em casa de uma das minhas explorações, “há uma universidade aqui.”

Ele levantou os olhos surpreso. “Você quer ir para a universidade?”

“Eu contemplava medicina, de fato.” A sua boca se abriu ligeiramente, então rapidamente expliquei. “Você terá de ficar a par das últimas tecnologias médicas e não terá tempo para ir você mesmo. Assim, posso aprender as técnicas eu mesmo e compartilhar a informação.”

“É uma idéia brilhante, Edward. Isso me ajudaria tremendamente.” E naturalmente, seus pensamentos o traíram.Ele não quer ser um doutor.

Eu teria amado virar doutor. Qualquer coisa, para agradar o homem que tem sido meu pai de todos os modos que contavam. Meu camarada. Meu aliado. Sentia que minha fraqueza e incapacidade de resistir ao sangue como ele podia, o desapontavam. Mas eu podia ir à escola por ele, podia fazer ao menos isso. Eu provaria o meu valor mais do que uma simples companhia feminina. O ajudando com o seu objetivo de vida em ser um doutor, provaria que era um melhor vampiro, moral e compassivo como ele. Ou isso provaria ser a minha ruína.

Verde, Vermelho, Dourado - 08: Rosto Dourado

Aquele verão foi suficientemente agradável. Carlisle havia adquirido um Pierce Arrow. Eu estava extático, era um carro deslumbrante, polido e amarelo. Ele disse que dirigi-lo ao redor de Ashland não seria beneficial ao nosso disfarce, mas nos permitimos dirigir o carro em outro lugar. Apenas uma coisa me incomodava.

“Como você comprou esse carro, Carlisle?”

Eu não comprei.

Levantei uma sobrancelha. Levou-me menos de um segundo para compreender a verdade. “Você roubou ele?”

Carlisle moveu os ombros. Claro, eu queria proporcionar o melhor à você. Quero que você seja feliz Edward. Ele quase disse ‘filho’ em seus pensamentos, mas parou a si mesmo. Embora ele tenha aceitado que eu pensasse sobre ele como um pai, porque ele era digno de tal respeito, ele não tinha certeza de que eu aceitaria de ser referido como seu filho.

E eu estava feliz, estando com meu pai e sendo seu filho. Embora fosse perturbador aprender o lado mais obscuro de nossa existência. Tínhamos que mentir, trapacear e roubar para podermos nos acomodar no mundo. Contudo, meus sentimentos perturbados diminuíram rapidamente, quando concluí que estes pecados realmente não fariam diferença aos condenados. Indiferentemente, era muito divertido.

Dirigimos até a cidade mais próxima e vasculhamos por lojas de música. Comecei a colecionar tudo que podia colocar minhas mãos em cima. Em uma loja, Carlisle me passou uma pilha de papéis. Olhei para o pacote, eram folhas de música em branco. Achei que você gostaria de começar a escrever sua própria música, ele disse. Eu sorri. Você está contente com essa vida. . . Edward? Eu franzi as sobrancelhas. Seus pensamentos pausaram por um breve segundo, e eu sabia que ele queria me chamar de ‘filho’. Então fiz desse meu objetivo, provar a ele que eu era merecedor de tal título.

Em sumo, um belíssimo verão, envolvendo tempo de qualidade entre pai e filho para os estranhos, e um reforço de camaradagem entre dois vampiros. Então setembro apareceu, e era meu primeiro dia do ensino médio. Bem, tecnicamente não era bem meu primeiro dia, mas, meu primeiro dia como vampiro fingindo ser humano em uma escola cheia de suculentos humanos.

“Estou certo de que você ficará bem, ” Carlisle disse depois de eu me vestir. “Você exibiu grande controle durante nossas viagens à cidade. “

“Parece que sim, ” respondi, pegando minha bolsa de livros.

Boa sorte, Edward, eu ouvi enquanto saía pela porta.

Retornei extamente às 15h50min, cinco minutos após o final das aulas. Corri o caminho todo, ansioso por escapar de todas aquelas mentes juvenis. Encontrei Carlisle em seu escritório, um jornal aberto em frente ao seu rosto. Fiz uma carranca, soltando um sibilo.

“Como foi seu primeiro dia na escola, filho?” Carlisle perguntou por de trás do jornal.

“Foi a experiência mais excruciantemente chata da minha vida. . . Pai, ” respondi secamente.

Carlisle gargalhou. Então, ele cuidadosamente dobrou o jornal e o deitou em sua mesa. Ele estava sorrindo e então ficou sério abruptamente.

“E os humanos? Como foi?” ele perguntou. Movi meus ombros, me jogando em uma cadeira. “Teve qualquer problema em resistir?”

“Bem, não foi tão difícil quanto eu imaginava, ” eu disse. “Estou bem certo de que humanos ficariam tão surpresos quanto eu estava, se a refeição deles começasse a andar de repente. “

Carlisle levantou as sobrancelhas, surpreso. “O que quer dizer?”

“Eu podia ouvir todos os seus pensamentos, cada uma de suas insignificantes, minúsculas mentes. ” Apertei o canal do meu nariz. “Foi exaustivo. Sim, ocasionalmente um humano chegava muito perto, ou havia uma brisa em minha direção. Contudo, apesar da dor em minha garganta e o fresco fluxo de veneno em minha boca, eu certamente não os achava atraentes quando seus pensamentos triviais invadiam minha mente. “

“Interessante, ” respondeu Carlisle, com um sorriso. Estou orgulhoso de você.

“Pelo quê?” questionei.

“Por desenvolver uma conexão com a humanidade tão cedo. É uma proeza incrível. “

Eu sorri, era um elogio maravilhoso. Quase me fez sentir que depois de tudo eu tinha alguma chance de viver às expectativas dele e ganhar meu valor. Naquele ponto, a relação pai/filho era mais uma piada interna do que uma realidade que eu tanto ansiava.

“Então, você vai trabalhar no seu primeiro turno noturno no hospital essa noite, correto?” perguntei, sem querer ser rude. Eu me importava com os interesses dele tanto quanto com os meus próprios. No entanto, eu poderia facilmente ter ficado reclamando de ter que ficar na escola por horas, então eu precisava de uma distração.

“Sim, isso mesmo, ” ele respondeu. “Estou ansioso para continuar meu trabalho. “

E assim foi por meses. Tínhamos nossa rotina. De dia, eu agia como humano, estudante de dezesseis anos, e de noite, enquanto Carlisle trabalhava no hospital, eu continuava com minhas composições musicais. Tínhamos uma imensa quantidade de privacidade, a qual adorava imensamente. Ainda assim, ao mesmo tempo, compartilhávamos nossa privacidade respeitosamente. Eu não aprendi que havia ganhado meu valor até muito depois, pois eu fiquei sem tempo de repente, quando achei que tínhamos todo o tempo do mundo.

Os dois anos que tínhamos. . . se acabaram.

Eu ouvi Carlisle correndo para dentro de casa, seus pensamentos estavam confusos e em um turbilhão. Eu também podia sentir o cheiro, teria sido impossível não notar. Sangue. Sangue humano. Sangue humano fresco. Carlisle, eu pensei, o que você fez?

Edward venha depressa! Preciso de sua ajuda!

Nunca o ouvi soar tão agitado antes, me deixava nervoso. Corri até ele e o encontrei carregando uma mulher humana. Sem palavras, me joguei de costas contra uma parede.

Por favor, ela não tem muito tempo, ele me implorou. Ele estava certo. Eu mal podia ouvir o coração dela, estava tão fraco e desacelerando a uma velocidade assustadora.

“O que você espera que eu faça?” fechei a cara.

Preciso que você me segure. Ela é especial, não sei se posso me conter. . . E eu preciso. . .

Meus olhos se arregalaram, chocado com suas palavras. Mas se era o que ele precisava, então isso era o que eu faria por ele. Acenei em consentimento. O segui até seu escritório. Ele gentilmente deitou a mulher em sua mesa. O que eu vi em seguida fez minha mente nauseada. Ele a estava mordendo. Pescoço, pulsos, tornozelos, peito. Criando feridas da mesma forma que fez comigo.

Edward! Faça-me parar!

Eu o agarrei e puxei nós dois para fora do escritório. Sentamos ali, eu amedrontado e ele respirando pesadamente. Então ele correu para o banheiro e cuspiu sangue na pia. Ele ligou a torneira, enxaguando a boca. Tudo que eu podia fazer era sentar ali e encara-lo. Ele me viu pelo espelho.

“Obrigado, ” ele sussurrou. Movi meus ombros. Eu faria qualquer coisa por ele. “O nome dela é Esme, ” ele começou, “ela tentou suicídio. Ela é especial e eu não podia apenas deixá-la morrer. “

Sua mente abriu e eu vi Carlisle atendendo uma garota de 16 anos. Ele estava cuidando de sua perna quebrada. Sedos cabelos cor-de-caramelo, rosto doce e apaixonado. Era o mesmo rosto da mulher contorcendo-se de agonia no escritório de Carlisle, dez anos antes. Um rosto dourado. Eu soube então, era a companhia que ele precisava. Eu não era suficiente.

Ele justificou suas ações, tirar uma vida humana por amor e companheirismo. Eu tive dificuldades em justificar suas ações com a mesma rapidez que ele o fez. Sim, já estavamos condenados, então mais um ato pecaminoso e criminoso de roubar uma alma humana não importava. Contudo, eu sabia que Carlisle ainda lutava com sua consciência mesmo que suas palavras falavam o contrário. Ele sabia melhor do que não tentar me enganar.

Eu aceitei que essa mulher era o que ele precisava. O que ele queria todo o tempo. Isso não significava que eu tinha que gostar da situação ou dar minha aprovação. Obviamente ele podia fazer o que quisesse, com ou sem minha opinião. Nunca falamos olho no olho sobre o assunto. Ele ainda acreditava firmemente, agora mais que nunca desde que tinha esta mulher, de que haveria um lugar para nós em uma pós-vida. Ele tinha uma visão serena, quando tudo o que eu via era esquecimento. Mas, em que contemplar a pós-vida de um vampiro importava para um imortal? Era uma discussão sem sentido. Nenhum de nós encararia a morte tão cedo, isso se algum dia a encontrarmos.

Então ouvimos um histérico grito de dor vindo do escritório. E então começou. . .

Verde, Vermelho, Dourado - 07: Dourado

Eles tinham estado lutando durante dias, os humanos de Chicago. Olhei para fora da janela, agradecido que estávamos em uma área longe das rebeliões. Podia imaginar bem o que aconteceria com tanto sangue humano derramado na minha frente. Eu lhes mostraria uma luta que eles nunca imaginariam, nem até em seus piores pesadelos.

Espiei Carlisle. Ele estava ouvindo as notícias na rádio, ocasionalmente sacudindo sua cabeça. Terrível, e não parece que está melhorando em nada, ele estava pensando. Suspirei. Ainda bem que ele não podia ouvir os meus pensamentos. Eu tornava-me mais ansioso à medida que o tempo passava. Tendo de ficar confinado em um apartamento, para que não pegássemos o cheiro de sangue humano há quilômetros de distância, era completamente maçante. Com certeza, nós como vampiros, poderíamos ter sido muito mais produtivos.

Estave no meu limite e pensando em várias coisas ao mesmo tempo. Se pudesse pegar os causadores. . . Conseguiria por um fim em todo esse assunto sofrido rapidamente, e não deixaria nenhuma evidência para trás. Ninguém nem notaria que outro criminoso esteve no meio. Eu seria limpo sobre isso e até lhes mostraria clemência, nenhuma tortura, apenas uma morte rápida. Estava gostando do plano que estava em formação na minha mente quando Carlisle me interrompeu com os seus pensamentos.

É uma pena, mas suponho que até os seres humanos se tornam animais de vez em quando. . .

Decidi expressar meus pensamentos. Se os humanos estavam se comportando como animais, talvez não éramos melhores do que eles eram. Jogo justo.

“Poderíamos parar isto, ” eu disse casualmente.

“Não, não podemos, ” respondeu Carlilse severo. Eu sabia que ele estava sério em suas palavras já que ele as disse em voz alta, mas tive de discutir.

“Mas podemos, ” enfatizei, “temos habilidades, poderíamos terminar com toda esta luta. “

Ele levantou-se e cruzou seus braços. “As nossas habilidades não são para perpetuar a violência. “

Joguei meus braços para o ar. “Isso é precisamente para o que as nossas habilidades são. Somos assassinos, é o que fazemos. “

“Não, eu sou um médico. “

“E você é vampiro. “

Encaramos um ao outro durante um momento. A tensão de viver em um espaço tão confinado estava obviamente atacando nossos nervos. Então ele suspirou e tentou sorrir.

“Peço desculpas, ” ele disse graciosamente. “Podemos ser assassinos, mas não somos heróis. “

“Então o que somos, vilões?” Respondi asperamente.

Imediatamente lamentei tê-lo respondido assim e olhei para baixo. Foi horrivelmente desrespeitoso, certamente não podia me dar o luxo de perder o único aliado que eu tinha em meu mundo escuro. Era oficial, o meu último nervo se esgotou. Aliviei minha carranca e olhei para baixo, esperando por uma resposta.

Ele muito calmamente respondeu, “Não, estamos nos mudando. “

Por mais que eu não quisesse adimitir, Carlisle estava certo. A luta, os humanos começaram a chamar “the Race Riot”, era a distração perfeita. Era tempo para mudar e começar realmente a viver. Ninguém nem nos notaria deixando a cidade. Para não mencionar, Carlisle tinha estado em Chicago por muito tempo, ele não podia dizer que era mais velho do que trinta e cinco sem despertar suspeitas. O disfarce pesou.

“Onde estamos indo?” Perguntei.

“Ashland, Wisconsin. É uma área em que já estive antes. ” Ele abriu sua mente e vi uma pequena comunidade do norte, localizada perto de um grande lago.

“O que farei lá?” A imagem que ele me mostrou foi agradável o bastante, mas não gostei da idéia de passar ainda outro ano em exclusão.

“Eu estava pensando que você poderia ser o irmão mais jovem de minha esposa que morreu. ” Bufei, era divertido. Toda a alegria abandonou-me quando ele disse suas seguintes palavras. “Você pode registrar-se em uma secundária, aprender como se comportar em volta dos humanos. “

Tínhamos tudo no carro de Carlisle, um brilhante modelo Ford T preto. Não conseguimos colocar o piano, é claro, portanto aconselhei obter um segundo veículo, uma picape talvez. Carlisle aceitou e adquiriu um caminhão Dodge enferrujdo. Logo estávamos na estrada, segui o seu Ford enquanto dirigia o caminhão, e fomos capazes de ter uma conversa o caminho inteiro. Os talentos ocultos do vampiros eram certamente muito convenientes.

A mais ou menos meio caminho do nosso destino notei um carro lentamente dirigindo junto de nós. Era longo e esbelto, uma máquina muito bela.

“Eu sempre quis ter um desses, ” mencionei.

Um Pierce Arrow?

“Sim, o meu pai teve um se me lembro corretamente. Ainda assim eu teria gostado de ter um para mim mesmo. “

Verei o que posso fazer. Podia praticamente ouvir o sorriso em sua voz.

Ele comprou uma pequena casa nos arredores da cidade, perto de uma floresta. Era a posição ideal. Tínhamos mais espaço do que antes e pela primeira vez, comecei a sentir-me em casa com ele.

Caçamos aquela primeira noite, para dar-me a chance de explorar esta nova área. O jogo era muito mais desafiante, ursos e búfalos. Aproveitei imensamente. Era gratificante enfrentar um desafio verdadeiro, me entregar à caça.

Um novo cheiro invadiu minhas narinas. Girei minha cabeça e vi uma bela criatura. Uma cara bonita, orgulhosa. Olhos dourados que brilhavam na escuridão da noite. O leão da montanha curvou seus ombros, o imitei. Meus músculos se tensionaram, preparados para dar o bote. Me agachei e mostrei meus dentes para minha presa.

As palavras se foram de mim quando afundei meus dentes na carne do leão do montanha. Como alguém descreve a refeição mais deliciosa que eles já provaram alguma vez quando não há nenhuma comparação? O gosto do sangue deslizando por minha garganta abaixo não era o único fator. O jeito que esta criatura lutava, provocando um desafio a cada um dos meus sentidos e habilidades, era excitante. Mais do que qualquer coisa, eu aceitei o desafio e ganhei cada vez.

Soltei o corpo inanimado no chão. Apontei meu rosto para o céu estrelado e deixei sair um longo rugido de alegria. Lutei contra o animal e saí triunfante.

Depois que nos satisfizemos, nos sentamos em um vasto campo, dois vampiros apenas tentando sobreviver.

“Carlisle?”

Sim?

“Entendo que não estou mais com sede, mas também não estou completamente satisfeito. “

Carlisle suspirou. Eu sei, Edward. Tomou-me muitos anos para aprender como viver com essa insatisfação. Sempre estará lá.

“Você alguma vez deseja por mais?”

Às vezes. Passei dois séculos e meio resistindo ao chamado do sangue humano. Não estou a ponto de desistir de tudo isso agora.

Eu podia dizer que havia mais em sua mente, então o incitei. “O que você deseja?”

Companhia.

Isso não era algo que eu desejava. Não podia imaginar compartilhar-me com alguém, nem mesmo precisar de alguém. Eu tinha um objetivo simples, fazer meu pai orgulhoso. Carlisle, um vampiro, o meu pai e meu ídolo. Me senti triste que ele desejasse mais, quando eu não o fazia. Mais de mim mesmo, talvez, mas certamente não companhia.

“Você deveria se limpar, ” Carlisle disse enquanto andávamos de volta para a casa.

Sorri de modo esperto para ele. “Você também. “

Ele fingiu ofensa. “Quero que você saiba que não tenho derramado uma gota de sangue em minha roupa desde 1679. “

“Sério?” Levantei uma sobrancelha. “O que aconteceu?”

“Bem. . . Tive um confronto particularmente entusiasmado com um Alce.”

Rimos baixinho, e entrei no banheiro.

O meu queixo caiu quando olhei o espelho. Inclinei-me para perto, virando meu rosto para um lado e para o outro. Carlisle sorriu calorosamente no espelho e piscou para mim. Não podia parar de olhar. Meus olhos estavam cor de topázio. Finalmente consegui, eu tinha terminado com o meu primeiro ano. Eu era dourado.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Verde Vermelho Dourado - 20. Urso Branco

Emmett não era um homem pequeno. Sendo como um urso, levou mais tempo para o veneno transformá-lo completamente. Quatro dias. Interessante o suficiente, ele não reagiu muito à dor. Estou certo de que ter Rosalie a seu lado todo o tempo ajudou tremendamente. Esme até trouxe água e roupas limpas para que Rosalie pudesse se trocar sem ter que sair do lado dele.

Eu estava aliviado em algumas formas. Agora que ela havia encontrado Emmett, eu não precisava mais lidar com as falsas esperanças de Carlisle. Por outro lado. . . Cinco vampiros. Cinco vezes a quantidade de força vampira. Talvez pudéssemos encontrar uma boa caverna para morar. . .

Inicialmente, tive problemas com formular uma opinião sobre este novo vampiro. Considerando seu tamanho, era garantia de que ele seria um recém-nascido problematico. Também estava bastante incerto sobre o que ele acharia do nosso escolhido estilo de vida. Esme escolheu animais por causa de Carlisle. Rosalie fez a mesma escolha principalmente porque não tolerava a idéia de estar sozinha. E eu tinha o monstro em minha cabeça para manter calmo.

Não precisávamos dessas complicações. Não precisávamos de outro membro em nossa famÌlia. Nãp precisávamos de mais outro instruso.

Meu belíssimo anjo. . . Ouvi atrás de mim. Meus dedos estavam acariciando as teclas de marfim do piano, minhas costas viradas para a famÌlia que se aproximava, eu podia sorrir a salvo sem ninguém notar. Esse Emmett tinha uma impressão ridÌcula sobre minha irmã. Se seus pensamentos continuassem nesses termos, eu me sentiria enjoado todo o tempo.

Minha nossa, quem é o garoto no piano. . . Eu enrijeci. Me virei em um borrão, permitindo que ele visse minha rapidez. Ele deu um passo estranho e involuntário para trás. Com sua nova pele e olhos vermelho-sangue, ele parecia um urso albino. Eu sorri falsamente.

Edward, ele escolheu juntar-se à nossa famÌlia, alguma gentileza, por favor, Carlisle me repreendeu.

Você está sendo rude com seu novo irmão, Esme disse.

Bufei para eles, ficando em pé do outro lado da sala. Culpa paternal era tão irritante.

Emmet olhou entre nós, não compreendendo a silenciosa troca que havia acontecido. Seu rosto estava enrijecida de concentração, tentando deduzir o mistério. É como algum tipo de idioma secreto, ele estava pensando. Código morse, piscar de olhos talvez?

“Emmett, querido, ” ouvi Rosalie sussurrar, “Aquele é Edward. Seja cuidadoso perto dele, ele pode ouvir sua mente. ” Ela lançou um olhar de aviso para mim. Revirei meus olhos.

“Ah, é?” ele sorriu afetadamente. “Que número eu estou pensando?” Vinte e cinco. . . Dezesseis. . . Ha, isso vai confundi-lo. . . Quarenta e três. . . Ele parece terrivelmente convencido. . . Trinta e oito. . . Dezessete. . .

Cruzei os braços e ergui meu queixo. “Bem-vindo à famÌlia, Emmet. Vinte e cinco. Você terá muito o que aprender, dezesseis. Há regras que você precisa seguir, quarenta e três. Se você pisar fora da linha, irei forçá-lo a lidar com as consequências. Sete, trinta e oito e o •último número foi dezessete. ”

Eu o ouvi rir em sua mente um segundo antes de todos nós ouvirmos sua gargalhada. “Diga-me irmão, ” ele sorriu, “acha que aguenta uma partida de queda de braço?”

Eu estaria mentindo se dissesse que o primeiro ano de Emmet foi fácil. Foi perigoso, como havia sido para todos nós, e certamente manteve Esme ocupada com renovações na casa. Ainda assim, sob o cuidado amoroso de Rosalie, Emmett sobreviveu aquele primeiro ano virtualmente ileso.

Eu não compreendia o relacionamento deles. Carlisle e Esme pelo menos haviam compartilhado uma história antes de serem companheiros. Entre Rosalie e Emmett, parecia ser estritamente físico. Eu não conseguia ver como eles não ficaram rapidamente cansados um do outro. Estava além do meu entendimento.

Mas, eu estava supondo, já que Emmett acreditava que estava sendo levado para o fogo do inferno quando Rosalie o trouxe até nós, seu relacionamento com ela era uma simples indulgÍncia. Uma gota no oceano do pecado. Èramos, afinal, vampiros.

Por mais que eu preferisse a solidão, e minha família entendia minha preferência, eu realmente achava que passar tempo com meu novo irmão era igualmente agradável. Era confortante que ele raramente pensasse algo que não diria em voz alta. Ele faltava fortemente aquele conflito entre pensamentos e palavras faladas que a maioria possui.

“Eu gostaria de dar um presente à ela, ” ele começou um dia enquanto sentávamos em um banco perto do rio, “mas não tenho certeza do que comprar dessa vez. ” Eu preciso mesmo da sua ajuda. “Alguma sugestão, irmão?”

“Hmm, ” pensei em voz alta, “bem, estou certo de que você está ciente do gosto de Rosalie por um grande espetáculo. ”

Ele riu alto. “Bem verdade. Mas, quero dar algo realmente especial. ” … É muito cedo para um anel?

“Emmett, ” franzi o rosto para ele, “você está considerando propor casamento?”

Ele encarou seriamente o rio transbordante. “Se eu estiver, tenho sua benção?”

Balancei minha cabeça e sorri. “Você não precisa da minha benção. Minha aceitação de você como parte de nossa famÌlia deveria ser o suficiente. ”

“… esse sua forma indireta de dizer que eu tenho sua benção?” Queria que você falasse inglês normal, para variar.

“Sim, ” suspirei. “Em inglês claro, você tem minha benção. ”

Ele sorriu brevemente. “Obrigado, eu estava preocupado que você não fosse aprovar. ” Que talvez você sentisse algo pela Rosalie. . .

“Emmett, ” eu interrompi seus pensamentos bruscamente, “Eu não tenho sentimentos por Rosalie, além dos de um irmão para com uma irmã. ”

“Ok, ” ele disse cautelosamente, “Acho que presumi que você fosse querê-la para si algum dia. ” Ela é um anjo tão lindo.

“Ela é bonita, ” concordei, “entretanto, é bem óbvio que ela não é meu par. Ela é o seu. ”

Ele respirou aliviado. “Obrigado, novamente. ”

Cinco vampiros. Dois casais casados. Minha solidão estava se tornando difÌcil de se alcançar. Falei com Esme e pedi um terceiro andar apenas para mim em nossa nova casa. Pois tinhamos que nos mudar novamente. O primeiro ano de Emmett estava terminado.