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Contador para New Moon

O blog se mudou!!!

Esse blog se fundiu com o Caxorro Quente, portanto todas as postagens da série Crepúsculo estão sendo postadas no Caxorro Quente Revolution, com o link abaixo!!!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Lua Dourada - Capítulo 4

"Tudo começou com um outro vampiro, chamado Benito. - contava Maria, pausadamente - Da primeira vez que qualquer um ouvia falar nele, logo lembravam de que ele tinha vindo de algum lugar ao norte de Dallas, e havia massacrado outros dois grupos pequenos de nossa espécie. Esses dois grupos estavam dividindo uma área aqui perto, quase em Houston. Logo, mais precisamente duas noites depois, Benito dirigiu-se para Monterrey, no norte do México, e encontrou um clã muito mais forte que controlava a área. Guerreou com eles, e novamente venceu. Mas ele não havia vencido sozinho. Ele havia criado um exército de recém-criados, assim como o nosso, e, como ele foi o primeiro a pensar nisso, no início era difícil de parar. Logo reuniu um exército.

" Os vampiros jovens são muito selvagens, voléteis e quase impossíveis de controlar. Até é possível "educar" um recém-criado, mas dez, quinze, vinte, é praticamente impossível, e isso fez com que Benito criasse muito mais deles, para repô-los. Uso o termo repô-los pois é exatamente isso que quero dizer: seus novos vampiros se viravam uns contra os outros de uma forma que ele não podia mais parar de criá-los. Ainda mais depois das guerras, que mesmo vencendo, metade do seu exército era exterminado antes da luta acabar.

" Isso acontecia pois os recém-criados, apesar de serem muito mais fortes e perigosos que os vampiros velhos, são muito previsíveis, pois usam muio os extintos. Um vampiro mais velho, se não tiver conhecimento disso, pode ser facilmente destruído por sua força descomunal, que dura no máximo um ano e meio. Geralmente, têm apenas ferocidade e força bruta. No caso de Benito, tinham também maior número.

Quando Maria disse isso fiquei imaginando se esse nosso exército chegaria a esse ponto. Será que Maria estaria apenas nos usando como marionetes, assim como Benito fazia com seus recém-criados? Será que ela nos deixaria se estivéssemos perdendo uma guerra para criar um outro exército mais forte? Fiquei me questionando até ela prosseguir com a história:

" Quando os clãs do sul do México perceberam o que estava indo na sua direção, fizeram a única coisa que podiam para enfrentar Benito. Eles usaram a mesma estratégia que ela. Eles mesmos criaram seus próprios exércitos...

Eu estava tentando imaginar lutas entre vampiros: só acabariam quando um morreria, pois nós não nos cansamos, temos uma força surpreendente e alguns tem até poderes...

"Nós imortais temos nossas próprias histórias, e essa nunca será esquecida. Os que mais tiveram perdas forma os seres humanos, que além de servirem de alimento para centenas de vampiros recém-criados, muitos deles também eram tranformados em vampiros para substituir os destruídos. Os humanos acreditam que as mortes daquela época aconteceram por causa de uma epidemia muito forte, que deixava o corpo das pessoas sem sangue. Quando essa "epidemia" tomou proporções enormes, os Volturi interviram.

- Quem eram os Volturi? - finalmente perguntei, interrompendo Maria.

- A pergunta certa a se fazer é "quem são os Volturi?". Eles são um clã de vampiros italianos que acham que mandam nos outros vampiros. Acham que são da realeza, e seu exército de vampiros é especial. Raramente trabalham com recém-criados, preferem muito mais vampiros experientes, e o mais importante: um poder. Assim como você, Jasper. Você tem um poder que eles cobiçariam. - Maria disse meu nome com uma espécie de orgulho, sentimento que eu sentia nela desde quando a conheci.

" Voltando a história, - continuou ela - os Volturi vieram para cá, e trouxeram toda a guarda, acabando com os recém-criados da metade de cima da América do Norte. Quando soube dos Volturi, Benito escondeu-se em Puebla, e construiu seu exército o mais rápido que podia para conquistar seu maior prêmio: a Cidade do México. Logo os Volturi deram cabo dele, e depois passaram para o resto. Qualquer vampiro que fosse encontrado na companhia de recém-criados era imediatamente executado junto com eles. Como todos estavam criando vampiros como Benito para proteger-se dele, o México ficou quase vazio de vampiros durante algum tempo. Também haviam poucos humanos, devo dizer.

" Os Volturi ficaram realizando essa limpeza por quase um ano, um acontecimento de nossa história que também deve ser lembrado, mesmo com poucas testemunhas sobreviventes para contar como foi. - Mal sabia eu que algum tempo depois dessa conversa eu teria o privilégio de falar com uma dessas testemunhas. Isso foi suficiente para impedir que a febre de conquista não se espalhasse pelo sul.

" Mas quando os Volturi retornaram para a Itália, não demorou para que os grupos começassem as disputas novamente. Muitos caiam na tentação de criar mais vampiros para conseguirem "áreas de pasto". Como os Volturi ainda não haviam sido totalmente esquecidos, dessa vez os criadores foram mais cuidadosos: os futuros vampiros eram escolhidos a dedo entre os humanos, e foi assim que encontramos você, Jasper. Esse meu plano nunca falhará como aconteceu com o de Benito, pois nós estamos treinando nossos recém-criados com grande eficiência, e isso não será motivo para os Volturi voltarem. Confie em mim, Jasper.

Eu queria poder fazer isso, pensei.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Sol Poente - Capítulo 4

A primeira coisa que fiz foi ir a biblioteca. Perguntei a bibliotecária se eles tinha algum conteúdo sobre Rosalie Lillian Hale. Ela me mostrou onde se encontravam os jornais. Todos eles informavam coisas das quais eu já sabia- meu noivado, meu nascimento, e até o casamento de Vera saiu no jornal, por minha causa.

Mas um último chamou minha atenção. Um jornal local de Rochester, minha cidade. Ele tinha uma matéria, cuja a manchete era “o reaparecimento da noiva assassina”. a ler:

“A cinco dias, a Srta. Rosalie Lillian Hale desapareceu. A família, preocupada, junto com seu noivo, Royce King 2º. Uma testemunha anônima nos diz que a jovem se encontrou com alguns bêbados, aparentemente ao acaso, bêbados esses que mais tarde a testemunha reconheceu sendo o noivo da jovem. Os homens riam, mais então, a nossa preciosa testemunha teve que sair. A última coisa que ouviu foram os gritos da moça. Então, ontem, fomos a casa de Royce King, falar com seu filho sobre o acontecido. Ele nos disse apenas isso: “Eu sinceramente acho que Também uma entrevista com Royce, com todas as desculpas bobas que ele deu. Comecei foi sequestrada. O sequestro é algo espantoso. As pessoas que sequestram são rudes. Não sabemos do que são capazes.”

A preocupação e a falta de sentimento em sua voz eram palpáveis. Como eu poderia passar o resto de minha vida ao lado de tal homem?

Voltei a ler: “E hoje, o mais assustador aconteceu. O corpo de Royce King 2º foi encontrado em um de seus aposentos, ao lado de um vestido de noiva, no qual, este, banhado de sangue. Isto provaria o envolvimento de Royce no caso? Ou talvez, para a alegria de muitos, que a srta. Hale ainda está viva?”

Não. Eu não estava viva. Meus pais no momento deveriam estar aos prantos. Dias depois eles chorariam na cerimônia da morte da própria filha. Da única filha. Carruagens negras anunciariam que Rosalie Lillian Hale não voltaria nunca mais. Que toda a vida que eu planejara, ter filhos e envelhecer ao lado de meu marido não poderia mais acontecer. Que eu estaria morta. Morta enquanto lia sobre eu mesma. Morta enquanto Royce fora inocentado. Morta enquanto meus pais choravam. Morta enquanto eu me tornava um monstro sanguinário. E viva enquanto séculos de lembranças se passavam.

Na verdade, era pior. Eu não estava morta. Nem viva.

E tudo isso me fez pensar em por que essa Bella, queria jogar fora, o que eu mais queria de volta. Fui fazer uma outra pesquisa, em outro lugar. A casa dela.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Lua Dourada - Capítulo 3

- Você é um vampiro – disse-me Maria, confirmando o que eu já sabia. Eu não podia acreditar nisso. Mas era verdade. Eu havia me tornado uma coisa que eu nunca imaginara que existiria. Eu era um monstro. – Que tal? – prosseguiu.

- Como você pôde? – agora eu estava com raiva, muita raiva. Toda a minha calma havia passado para Maria. Literalmente.

- Era preciso. Se eu não fizesse, Lucy ou Nettie o matariam. E você é muito precioso. Tem um dom. Não percebe?

Eu não conseguia ver nenhum dom nessa minha nova vida. Apenas um dom para matar. Ou então talvez a velocidade... a força...

- O seu controle pelas emoções dos que estão perto de você. Agora mesmo você está me passando toda a sua calma. – Ela me respondeu. Talvez isso até pudesse ser possível.

- Quantas noites eu fiquei...? – perguntei a Maria, que parecia que tinha ficado lá todo o tempo em que eu estive em transe. Eu podia sentir isso.

- Exatamente três dias. Três dias queimando. Três dias em absoluto silêncio, sem movimento algum, apenas sentindo a dor e sem poder fazer nada. Eu sei como é... já passei por tudo isso. – Agora tudo parecia estar mais claro. Eu já estava entendendo quase tudo. Mas apenas uma pergunta ainda estava em minha cabeça. Uma pergunta que até mesmo Maria achava que não havia outra resposta a não ser “sim”:

- Nós só podemos sobreviver matando pessoas? – perguntei.

- Sim. – respondeu Maria, destruindo a minha última faísca de esperança. – Abrimos mão de água e alimentos, mas esse é o preço: sangue humano. Entretanto isso é um pequeno problema comparado a todos os poderes que você ganhou. Força. Velocidade. Sentidos mais aguçados. E esses são apenas alguns deles. Nós somos uma nova arma, Jasper. E é para isso que criei você.

Eu era uma arma. Uma arma letal. Apenas com minhas mãos poderia dizimar exércitos. Ao lado de Maria e de outros de nossa espécie poderíamos acabar com a guerra. Poderíamos salvar mais vidas do que mataríamos para nos alimentar. Juntos.

Olhei para mim mesmo e vi que estava de farda. Mas por quê? Eu não me lembrava ao certo... acho que era um soldado. Um Major ou um Tenente, muito dificilmente, mas devia ser importante. “Se eu não era importante, agora eu sou. Sou importante para Maria.” pensei. Não me lembrava de minha família, todas as lembranças eram borradas e difíceis de enxergar.
Eu podia ver pelas estrelas no céu que daqui a algumas horas o sol iria nascer. Eu queria olhar para o sol mais uma vez com esses meus novos olhos. Lembrei-me de como Maria era bonita e de sua presença e olhei para ela. Ela logo entendeu minha pergunta. Abriu sua pequena bolsa cor de marfim e pegou um pequeno objeto. Um espelho.

Maria ergueu-o para mim. A única coisa que vi nele foi uma outra pessoa. Um homem loiro, com os olhos vermelhos, como os de minha criadora. O único detalhe que me lembrava com clareza de suas companheiras eram os seus olhos vermelhos. Um vermelho impossível de se reproduzir em tinturas, um vermelho vivo. Um vermelho vivo como o dos olhos do homem no espelho. Não pude deixar de notar também como ele era pálido. Mas a sua expressão me fez reconhece-lo imediatamente: era eu. Muito diferente, mas era eu. Sem os olhos azuis, mas tão bonito quanto Maria.

Pensando melhor, essa mudança até que não havia sido tão ruim.

* * *

Maria me mostrou esse novo mundo. Um mundo onde não havia limitações para nossa espécie. Ela me contou que ela, Nettie e Lucy haviam se conhecido a pouco tempo. Eram sobreviventes de batalhas perdidas. Maria queria seus territórios de volta, e queria também vingança. Já as outras, apenas mais humanos lhes interessavam. Elas falavam deles como pastos, e que seu único propósito de existência era para alimentá-las. Nisso eu já não concordava. Só me alimentava em última necessidade, tentando matar o menos possível.

Voltando a Maria, ela estava tentando reunir um exército de vampiros para conseguir o que queria. Mas queria um exército superior, e transformava apenas humanos com “potencial”, se assim posso dizer. Eu era um deles. Ela nos dava muita atenção e treinamento, e ficava ao nosso lado sempre que tínhamos problemas entre nós ou consigo mesmos. Ela nos ensinou a lutar e a nos tornarmos invisíveis aos seres humanos. E quando nos saíamos bem, éramos recompensados...

Ela estava com pressa. Muita pressa. Ela dizia que a nossa força começaria a desvanecer por volta de um ano, e ela tinha que agir enquanto ainda éramos fortes. E quanto mais sangue obtínhamos, mais fortes ficávamos.

Um dia ela me contou que já tinha existido um vampiro que tentou criar um exército como o dela:

- Chegue mais perto, Major Jasper, que vou lhe contar tudo...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Sol Poente - Capítulo 3

Estranho, foi o primeiro dia em que “eles” foram juntos para a escola. Todos que ali se encontravam pararam tudo o que estavam fazendo para ve-los. Até o nosso professor de biologia. Este último somente eu vi.

Só para constatar: Essa tal de Bella conseguiu Edward(e ela nem é tão bonita assim), ela quer se tornar vampira só por causa “dele”, e ela, é amiguinha dos quileutes. Perfeito. E eu nem faço ideia de como “aula de biologia cheiro” se transformou nesse “lindo romance”. E aquela garota era tão desajeitada! Parecia que cada segundo era uma nova oportunidade de cair.

Alice, minha querida irmã que prevê o futuro, hoje, me deu a feliz notícia que a viu “aquela garota”aqui, na nossa casa. Todos eles quase pulavam de alegria. Certamente, isso é algo que eu nunca entenderei.

Na madrugada, lá pelas quatro horas,eu fui sozinha para a clareira, que fica bem perto de onde moramos. Tentando entender, por que nem o Emmett me apoiava . Por que ninguém via, que pelo menos essa vez, quem estava com razão era eu. Por que ninguém via que eles estavam entrando em uma situação que seria prejudicial para toda a família. Precisava de alguém que me ouvisse. Precisava de alguém que me desse respostas. Precisava de... Alice.

Corri de volta para casa. Subi as escadas com pressa; levei uma bronca de Esme; andei pelo corredor. Já sem fôlego, abri as portas do quarto dela. Para a minha surpresa, apenas Jasper estava lá. Ele me disse, muito rudemente, que não fazia ideia de onde ela estava, mas que o pediu que me entregasse alguns DVDS. Eu peguei-os e fui para o meu quarto, guardá-los. Quando cheguei lá, encontro Alice mexendo no meu guarda roupa:

-Rosalie Cullen!!!-ela falou, mais alto do que o normal. Seria incapaz de gritar- você sabia que aqui existem algumas roupas que já foram usadas mais de duas vezes!?

-Sei Alice... O que você está fazendo aqui?- eu perguntei

-Sabe, Rose - ela falou em um tom mais delicado - é que eu previ essa conversa, e vim direto para cá, mas agora vejo que você passou primeiro pelo meu quarto - agora, ela olhava para os DVDS em minhas mãos - Mas não vi exatamente o que você quer...

-Alice... Você acha que, o pessoal está zangado comigo por causa da minha opinião sobre a Bella? Por que ninguém fala mais comigo direito, ninguém! O Edward sempre foi assim, mais, o Jasper, a Esme, o Carlisle, e o Emmett só fala “bom dia”. Ele ainda corre, e faz tudo normalmente, só que ele sempre fala “acho que você não vai gostar”, ou “já viu se a Alice não quer fazer compras? Você tem roupas que já foram usadas mais de duas vezes, e...”

-Isso é verdade! - Ela me interrompeu - E por que você não me chamou para fazer compras??? O seu armário realmente precisa de uma reforma.

-E como eu estava dizendo... - Fui eu que a interrompi dessa vez - O que você acha? Eles vão continuar assim, comigo?

-Eu acho que ninguém vai continuar assim contigo, não por muito tempo. Segundo, o Edward está super zangando porque o Emmett ainda acha um absurdo que ele possa querer se envolver com uma humana, o que prova que se ele tem algum motivo para não falar com você, com certeza não é a Bella. E terceiro que a Esme vai preparar um cachecol lindo para você, ainda hoje, com uma lã que ela achará, eu acabei de ter uma visão sobre isso, o que prova que nem ela nem Carlisle vão estar zangados contigo, já que ele não tem força o suficiente para discordar dela, e o Jasper tem o mesmo problema do Carlisle, só que ele não discorda comigo. Então agora está tudo bem?

-Alice... Você consegue ver a cor do cachecol que a Esme vai me dar?

-É vermelho.

-Eba!!! Mas Primeiro você sabia que essa tal de Bella é amiga dos quileutes? Isso pode ser perigoso.- Meu tom de voz mudou rapidamente- O que você acha? Consegue ver se isso vai nos causar problemas?

-Eu acho que simplesmente eles vão parar de ter contato. Mas minha única visão é que não agora, mas em um futuro mesmo bem. Agora a gente pode falar de coisas agradáveis? Uma observação quanto ao seu cachecol: ele vai ter strass. Mas agora, vejo Edward sofrendo, no futuro. Devemos ter muito cuidado com nós mesmos. Para o nosso próprio ter bem. E tem algo no seu cachecol que...

-Ele vai ter franja???-perguntei. Afinal, eu adoro cachecóis e echarpes- E a Esme vai colocar perfume, como no último??? Por favor, Alice faz um esforço para ver!!!

-Não precisarei- ela disse, firmemente- Logo nós vamos descobrir

A profecia de Alice foi seguida de gritos histéricos clamando pelo meu nome. Descemos correndo. Sim, tinha tudo!!! As franjinhas, o strass, ele era vermelho... E tinha mesmo perfume!!! Mas então me ocorreu um pensamento que eu nem imaginara.

-Esme, pessoal, isso é suborno?

-Não!- disseram todos em coro. Depois todos nós começamos a rir.

Estava no bosque quando Alice chegou de repente. Ela me perguntou:

-Rosalie, nada me lembro da minha vida humana, e a sua história me fascina... Pode me contar? Novamente?

Eu contei para ela. Novamente. Depois e um longo silêncio, ela voltou:

-E o que disseram... Da sua morte?

O que me assustou não foi o fato de ela ter rompido o silêncio de forma tão abrupta. Foi o fato de que não poderia responder a sua pergunta.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Lua Dourada - Capítulo 2: O Acordar

Segundo Maria, acordei três dias depois. Durante esses três dias, simplesmente queimei. Era uma dor tão grande que queria que me matassem. Mas eu não podia gritar. Acho que nem mesmo podia me mexer...

Logo que acordei, não abri os olhos. Não conseguia. Fiquei apenas escutando tudo. Realmente tudo.

Podia escutar as charretes carregando mais desabrigados para longe da guerra. Podia escutar uma criança dentro de uma delas falando com a mãe que estava com medo de seu pai morrer na guerra. Podia escutar até mesmo uma respiração bem leve, mas parecendo forçada, ao meu lado. Novamente escutei a criança, mas desta vez ela estava chorando.

Foi aí então que eu a senti pela primeira vez. A sede. Um desejo incontrolável de correr até aquela criança e silencia-la de uma vez por todas. E o que mais me assustou era que eu desejava seu sangue.

Mudei logo de pensamento, tentando me concentrar nos cheiros. Podia sentir um perfume na pessoa ao meu lado que eu não teria sentido dias antes. Podia sentir o cheiro das flores bem ao longe. E podia sentir um cheiro muito bom, o melhor aroma que eu já havia inalado. E se fosse o que eu estava pensando, isso era ruim. Isso me fazia ruim. Estava começando a escutar agora batidas de dois corações dentro da charrete. Na verdade três. Havia me esquecido do homem que estava conduzindo os cavalos... Ele tinha cheiro de animal, e talvez isso tenha me confundido.
Então não consegui mais me segurar.

Abri os olhos e logo vi que ainda era noite. Mas não era a noite em que eu havia sido transformado nisso. Era outra noite. A lua não estava dourada. Ela estava pálida, como se tudo de ruim que pudesse acontecer já tivesse acontecido. Isso era uma mentira. Disso eu tinha certeza. Olhei para a carroça, e não havia como me conter.

Levantei em uma velocidade sobre humana e saí correndo em direção a charrete. Eu estava muito veloz. Já não conseguia mais pensar. O cheiro de sangue já ocupava todos os meus pensamentos.

Cheguei a charrete em uma fração de segundo. Logo que vi a criança e a mãe senti pena. Pena pelo que eu teria que fazer. A criança chorava. Eu podia ver todos os detalhes. Usava uma blusa rasgada, e tinha os cabelos crespos bem pretos. Mas os olhos, de um verde tão profundo que me fez hesitar. Um segundo depois, ataquei a criança.

A mulher gritou. Logo a criança já estava sem sangue algum, e minha sede se retardara apenas um pouco. Virei-me para a mãe, e após me alimentar dela me dirigi ao condutor dos cavalos.
O cheiro dos animais que ele cuidava não mais mascarava o cheiro do seu sangue. Quando acabei com ele, incrivelmente não sentia mais sede. Os cavalos logo fugiram, mas não os persegui pois eles não me apeteciam.

Logo que saí da charrete abandonada lembrei-me da pessoa que estava ao meu lado. Era Maria, a “anja” que me atacara algumas noites atrás. Eu podia sentir que ela estava com orgulho. E quando digo sentir, eu sentia mesmo seus sentimentos. Mas, orgulho do quê?

Orgulho de ter me transformado nessa fera que precisa matar pessoas inocentes para se alimentar? Não, ninguém poderia sentir orgulho disso. Logo seu orgulho se esvaiu e foi substituído por curiosidade. Ela me perguntou:

- Como se sente, Major Jasper Withlock? – Sua voz agora me parecia mais delicada ainda do que eu me recordava. Eu devia estar enganado, pois as lembranças estavam borradas e sem nitidez alguma. Ela prosseguiu: - Gostando de seus novos poderes, soldado? – Ela me perguntou.

- No que você me transformou? – perguntei a Maria, que me olhou com uma cara de dúvida. Minha voz agora também estava diferente, talvez mais “angelical”, se é que isso fosse possível. Mas depois de tudo o que fiz com essas pessoas na charrete, nada parecia impossível para mim.

Eu queria que Maria estivesse calma, e ela estava calma. Parecia que eu podia manipular as emoções dela. Será que isso era outro dos poderes que ela havia me concebido?

- Você ainda não sabe, querido Jasper? – ela me questionou, tão calma quanto eu queria que ela estivesse. – Pense um pouco...

O pior era que eu sabia. Eu sabia que ela havia me transformado em uma coisa que eu nunca havia imaginado que existisse. Sabia também o que ela era. Sabia o que suas “amigas” da outra noite estavam querendo dizer em “matar duas vezes mais do que cria-los”. Depois de ter matado três pessoas inocentes sem terem feito nada contra mim, e depois ter sugado seu sangue, eu sabia.

Eu tentava enganar a mim mesmo que não sabia, mas eu já tinha uma certeza do que eu era.

Um vampiro.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Sol Poente - Capítulo 2

Após duas décadas, eu tinha meu parceiro, Emmet- lindo, grande, forte, de cabelos escuros, que agora não possuíam mais lindos cachos, e sim um cabelo rigorosamente cortado- e o pobre e coitado Edward continuava só. Todos em minha família tinham alguém: Alice e Jasper, Carlisle e Esme, eu e Emmet... E ele. Eu salvei Emmet de um ataque de urso . Fiz tudo por ele por um motivo tão... eu. Não é que eu seja ruim, sabe? É que simplesmente eu faria isso. Transformei-o em algo que nenhum humano desejaria, apenas porque ele se parecia com algo que sempre me encantara. O belíssimo filho de Vera. Ele tinha os mesmos cachos escuros, e ainda tem aquelas covinhas... Fui egoísta o bastante para implorar a Carlisle o transformasse para mim. E apenas para mim, somente para mim. Felizmente, ele me aceitou, e para minha surpresa, não só não consegue viver mais longe de mim como me considera uma espécie de; de... Anjo feito exclusivamente para ele. E diferente de Edward, ele só tem uma coisa estranha. Ele gosta, de ser vampiro. De qualquer jeito, eu tinha o meu Emmet e “ele”continuava ali, só. Pelo menos até... Irmos novamente ao ensino médio, no meio do semestre, em maio.

Nós entramos no refeitório, o que obviamente foi motivos de murmúrios. Alguns mortais de uma mesa ao lado, falavam de minha beleza. Maravilha. Quando íamos embora, ele chegou com a mesma cara de dor do Jasper. Segurando o nariz como se ele tivesse caído. E nem olhou para mim com aquele ar de nojo. Criaturazinha estranha.

Quando nós o perguntávamos o que acontecera, ele respondia “aula de biologia”. Depois que o pequeno trauma com “aula de biologia”, Esme conseguiu que a frase que descrevia sua expressão no estilo “Jasper” aumentasse. A frase “aula de biologia” virou “aula de biologia cheiro.”. Realmente, aquilo foi hilário.

Durante a madrugada, pelas duas da manhã, o “Sr. Caladão” começou a tagarelar do nada. Ele falava : “na aula em que alguém...Blá blá blá ... Cheiro muito bom, irresistível,... Blá blá blá ...” E, de repente, algo chamou minha atenção.

-Aquela garota realmente maravilhosamente linda, amiga do Mike e da turma dele. Ela se chama Bella. Bella Swan. Além de linda, a garota tem um perfume que apreendeu a minha concentração.

Então, a minha indiguinação me obrigou a me juntar aos que estavam ouvindo aquela baboseira. Então, sem querer, deixei que meus lábios abrirem. E eles disseram exatamente o que eu pensava:

-Garota bonita??? Cheiro incrível??? Edward, você está apaixonado!?

Todos olharam para mim com desprezo. Percebi que a minha voz mostrava inveja, rancor, ciúmes e o pior- que eu estava magoada. Sinceramente magoada com aquilo. Então meu Emmet me abraçou, beijou o alto da minha cabeça e disse tranquilamente:

-Ursinha, meu amor, agora não, tá? Depois a gente conversa,só nós dois, e você pode me contar tudo, OK? Agora vamos escutar o Edward.

Eu joguei um beijo para ele e assenti com a cabeça.

E ai a gente ficou ouvindo aqueles absurdos por, sei lá, umas duas horas, e depois cada um foi para um lugar. Alice e Jasper foram apostar uma corrida de carros. Esme e Carlisle foram para uma outra sala. Edward foi caçar. Eu e Emmet, fomos passear na clareira. Então, ele começou:

-Amorzinho, o que foi aquilo?-Ele perguntou

-É que sabe, eu nunca cheguei a uma conclusão certa de por que Edward me rejeita. Eu sou bonita, e nunca fiz nada a ele. E então ele se apaixona por uma mortal!? Eu estou completamente confusa-Eu respondi, com uma voz chorosa.

-Mas nós temos que aceitar a escolhas dele, Rose. E nós dois sabemos que eu tenho muito mais sorte que ele.

E então, ele pegou na minha mão e andamos assim, calados, por um alongo tempo. Eu olhei para ele com cara de quem ia chorar(mesmo que isso não fosse possível), e ele me abraçou e disse:

-Eu te amo. Você sempre me fará feliz. Você está feliz comigo?

-Sim...-naquele momento, eu quase me arrastava.

-Então, não basta só nós dois pela eternidade? Eu te amo. Para sempre.

Agora, Emmet me carregava de volta para a nossa casa.

Sim, ele me ama. De verdade. E nós ficaríamos juntos para sempre. Para sempre.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Lua Dourada - Capítulo 6

Eu e Alice seguimos viagem juntos. Nunca mais nos separaríamos, disso eu tinha certeza. Eu a amava. E ela também me amava. Ela me contou que não lembrava nada de sua vida humana, e que havia acordado para essa nova vida a duas semanas apenas. Disse também que ela já me conhecia e sabia que nos encontraríamos e nos amaríamos eternamente: esse era o poder dela, ver o futuro. Corríamos de mãos dadas, sem nunca largar um ao outro.

Estávamos indo em direção a Península de Olympic, pois Alice tinha visto que havia uma família de vampiros lá que não vivia de sangue humano, vivia de sangue animal. Seria um grande desafio mudar nossa dieta, mas estávamos dispostos a isso.

Chegamos a casa deles durante o crepúsculo. A casa deles ficava dentro de uma floresta, e era muito grande, com muitas paredes de vidro. Alice apontou para um quarto e disse que aquele seria o nosso.

Batemos na porta, e um casal de vampiros atendeu. O homem era louro, e a mulher, com cabelos castanhos. Mas o que mais me chamou atenção foram os seus olhos. Não eram vermelhos como a maioria dos olhos de vampiros... eram dourados.

Eles nos olharam com o que parecia ser medo, e eu sentia que realmente era medo. Acalmei-os o máximo que pude e logo vi o resultado. Sorriram e nos convidaram a entrar.

É claro que eu entendia eles. O que você imaginaria ao ver dois vampiros, um cheio de cicatrizes ao lado de uma pequenina e estranha Alice?

O loiro tomou a iniciativa:

- Meu nome é Carlisle, e essa é Esme, minha mulher. - Esme sorriu para nós.

- Eu sou Alice e esse é Jasper. Nós descobrimos sobre o seu modo de vida e gostaríamos de nos juntar a vocês - Alice falava calmamente.

Dessa vez que falou foi Esme:

- Nós adoraríamos ter a companhia de vocês. De agora em diate me chamem de mãe! - disse Esme, abraçando Alice e depois a mim. - Temos vários quartos, escolham já o de vocês!

Esme levou-nos para cima e nos mostrou os quartos. Alice escolheu exatamente o que ela me mostrou quando chegamos. Ele tinha a melhor vista. Esme disse que aquele era o quarto de Edward, que mais tarde o conheceríamos, mas que ela daria um jeito. Rapidamente recolheu todas as coisas dele do quarto e levou-as para a garagem. Tentei me conter, sem sucesso, e ri um pouco.

* * *

Carlisle nos apresentou Rosalie, uma vampira loira muito linda que parecia bastante vaidosa. Disse também que no disfarce deles, nós seríamos irmãos gêmeos, e Alice seria irmã de Emmett e Edward, e todos nós adotados.

Mais tarde chegaram Edward e Emmett, que Alice já havia me contado, estavam caçando. Edward, quando viu suas coisas na garagem olhou para Alice e nos cumprimentou. Emmett fez o mesmo. Antes mesmo de chegarmos aos Cullen, Alice me falou tudo sobre eles: que Edward escutava as mentes das pessoas, Emmett e Rosalie estavam juntos e que todos eles eram a família Cullen. Alice dirigia-se a eles pelo nome mesmo antes de se apresentarem, o que os assustou um pouco no começo, mas logo ela contou sobre nossa história e eles entenderam.

Eu estava feliz, muito feliz. Todas as pessoas a minha volta emanavam alegria, e isso era bom. Esse futuro, segundo minha amada, seria apenas de coisas boas, sem guerra, sem inimigos, só alegria.

Eu começaria uma nova vida. Uma vida com a pessoa que eu mais amava. Uma vida com Alice.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Lua Dourada


Lua Dourada conta a história de Jasper, desde quando ele se tornou vampiro até quando ele e Alice se juntam aos Cullen. Toda sexta-feira haverá um novo capítulo de Lua Dourada aqui no site, mas sem um horário definido.

Escrita por HotDog, essa fanfic terá bastante suspense e irá nos mostrar a história de amor entre Alice e Jasper. Tem 6 capítulos e já está terminada.

HotDog é dono do blog CaxorroQuente, parceiro do Crepúsculo BR e do PattyPontoCom.







Visitem o site dele para mais informações:

Lua Dourada - Capítulo 1

Eu vivia em Houston, Texas. Estava com quase 17 anos quando me juntei ao Exército Confederado, em 1861. Menti sobre minha idade, pois os recrutadores só aceitavam homens com mais de vinte anos. E eu parecia ter vinte anos apenas por minha altura, que disfarçava bem quantos anos eu tinha. Todos diziam que eu era muito carismático, e isso deve ter ajudado também.

Minha carreira militar foi curta, mas muito promissora. Logo subi muitas patentes, superando homens mais velhos e com mais experiência. De certa forma, eu exercia uma espécie de pressão sobre as outras pessoas, que fazia com que eu sempre conseguisse delas o que eu queria. “Isso é o carisma” dizia meu pai. O Exército Confederado era muito recente e estava começando a se organizar, e isso também me deu mais oportunidades.

Minha primeira batalha foi em Galveston, e eu era o major mais novo do Texas, pois com meu “disfarce” não sabiam ao certo minha idade. Fiquei com responsabilidade de tirar as crianças, mulheres e idosos da cidade. Após um dia preparando-os, partimos até Houston.

Nessa época, eu não sabia que essa noite nunca sairia de minhas lembranças. A lua estava com um brilho dourado, como se estivesse querendo me dizer que iriam acontecer grandes mudanças.

Chegamos a Houston de noite, e após me assegurar de que o grupo de civis estava seguro, peguei um cavalo e voltei sozinho para Galveston. Não havia tempo para descanso. Eu tinha de voltar e ajudar mais pessoas a fugirem dessa guerra.

Quando já estava chegando a cidade, parei para observar novamente o luar dourado, e avistei um grupo de três mulheres a pé. Provavelmente estavam perdidas. Desci do cavalo imediatamente para prestá-las auxílio, e, quando vi o rosto delas, fiquei imensamente fascinado. Sem dúvida alguma, elas eram as mulheres mais bonitas que eu já havia visto.

Tinham uma pele bastante pálida, que ao luar dourado deixava-as um pouco assustadoras, mas mesmo assim não deixavam de ser belas. Fiquei maravilhado com pele de porcelana a luz da lua. Por um momento achei que estava sonhando com as três mulheres com feições mexicanas, mas o que mais chamou minha atenção foram os seus olhos. Olhos de um vermelho vivo, quase cor de vinho.

Eram jovens, e até mesmo a mais baixa com cabelos pretos não deixava faltar-lhe atenção. Eu tinha certeza que elas não eram membros perdidos de nosso grupo, pois nunca esqueceria suas faces. Eu teria me lembrado daquelas três.

- Ele está sem voz – disse a garota mais alta, com uma voz agradável, como a que eu imaginava serem as vozes de anjos. Tinha bastante cabelo que combinava com sua pele branca como a neve.

A outra era mais loira, mas com a pele igualmente branca. O rosto era como o de um anjo, e ela inclinou-se na minha direção. Com os olhos entreabertos, inalou profundamente e suspirou:

- Ummm... adorável...

A menor, uma morena, tocou-lhe o braço e falou rapidamente. A voz dela era muito suave e delicada para ser ríspida, e se foi isso que ela tentou, não conseguiu.

- Se concentre, Nettie - ela disse.

Pude sentir que quem estava no comando do grupo era a de cabelos pretos. Eu sempre percebia bem como as pessoas se relacionavam umas com as outras, e se elas fossem militares, eu diria que a morena sobressaía as outras.

- Ele parece ser o certo: jovem, forte, um oficial... - a morena pausou, e, sem sucesso, tentei falar. De certa forma eu sentia que não devia falar naquele momento. - E tem mais alguma coisa... vocês estão sentindo? - ela perguntou as outras duas, mas logo continuou - Ele é... coagente.

- Oh, sim! - Nettie concordou, inclinando-se novamente para mim.

- Paciência - a morena avisou-a - Eu quero ficar com esse.

Nettie fez uma careta, parecendo aborrecida.

- É melhor você fazer isso, Maria - a loira mais alta falou, olhando para a morena - Se ele é importante para você... Eu os mato duas vezes mais do que os crio. - quando ela disse isso, levei a mão instintivamente na cintura, procurando pelo revólver. Não estava lá, estava junto com os mantimentos, no cavalo.

- Sim, eu vou fazer isso - concordou Maria, não dando atenção ao meu movimento. Eu realmente gosto desse. Leve Nettie para longe, tá? Eu não quero ter que proteger as minhas costas enquanto estou tentando me concentrar.

O meu cabelo na nuca estava se arrepiando, mesmo sem entender o que as moças bonitas estavam falando. Eu me sentia em perigo, que a "anja" loira estava falando sério na hora que disse em me matar, mas meu julgamento superou meus instintos. Eu nunca havia aprendido a temer mulheres, havia aprendido que devia que protegê-las.

- Vamos caçar - Nettie concordou com entusiasmo, pegando na mão da garota loira mais alta. Elas foram embora, indo em direção a cidade. Elas eram tão graciosas, que pareciam que iam levantar voo. Eram rápidas também, e seus vestidos brancos esvoaçavam atrás delas como se fossem virar asas, o que confirmaria minha teoria sobre anjos. Pasmo, pisquei os olhos e não as vi mais.

Virei-me para Maria, que me observava com uma espécie de curiosidade. Estávamos a sós, e ela estava começando a me assustar. Até aquele momento, eu nunca havia acreditado em fantasmas e em outras criaturas mágicas e superstições, mas ali, olhando para Maria, pálida como a mais clara nuvem no céu, eu já não tinha tanta certeza.

- Qual é o seu nome, soldado? - perguntou-me Maria, e não pude deixar de me impressionar novamente com sua voz angelical.

- Major Jasper Withlock, madame - respondi, gaguejando. Eu não podia ser mal educado com ela mesmo se fosse um fantasma, imagine um anjo!

- Eu realmente espero que você sobreviva, Jasper. - disse-me ela com uma voz mais gentil ainda que na primeira pergunta. - Eu tenho um bom sentimento sobre você - prosseguiu vindo na minha direção.

Após ela morder meu pescoço, a última coisa que vi foi o luar dourado.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Sol Poente


Sol Poente conta a história de Rosalie e também Crepúsculo sob o ponto de vista dela. Toda terça feira haverá um novo capítulo de Sol Poente aqui no site, mas sem um horário definido.

Escrita por Patty Maryah, essa fanfic promete ter grandes emoções e mostrar o que a Rose pensou sobre toda essa história de amor em Crepúsculo.

Patty Maryah é dona do blog PattyPontoCom, parceiro do Crepúsculo BR e do CaxorroQuente.






Visitem o site dela para mais informações: www.pattypontocom.blogspot.com

Sol Poente - Capítulo 1

Eu estava feliz. Feliz por ser Rosalie Hale. Onde quer que eu fosse, olhos dos homens se voltavam para mim com olhar de aprovação. Com isso, os das mulheres com olhares invejosos e cheios de raiva. Sendo filha única, sempre fui muito bem tratada e caprichosa. Mas eu estava feliz. Feliz por ser Rosalie Hale.

Meu pai trabalhava em um banco e a minha mãe, devido a época, era dona de casa.
Um dia, meu pai esqueceu convenientemente o almoço em casa. Não entendi muito bem por que minha mãe insistia para que colocasse meu vestido de organza branco e prender o cabelo no alto só para ir até ao banco. Chegando lá, o de costume. Homens acompanhando as curvas do meu corpo e as leves ondulações dos meus cabelos claros, que refletiam toda a luz do ambiente. Ao fundo, uma secretária com ar de desrespeito. Como o de costume. Mas não percebia que o filho do dono do banco -Royce King 2º- insistia em continuar a ver a minha figura bailando pela sala, atravessar o portal e entrar na sala de meu pai. Ele fazia parte de uma família real. Como herdaria o banco, começara a trabalhar, supervisionando os diferentes cargos. Quando voltava, senti suas unhas arranharem delicadamente meu braço. Ficamos a mercê dos olhares um do outro. Lambi meus lábios que certamente estavam ressecados, diante dele- ele possuía cabelos ainda mais loiros que os meus e incríveis olhos azuis. Extremamente bonito, devo dizer.

Naquela noite vieram as primeiras rosas. Diversas cores, todas muito bonitas. Em pouco tempo, meu quarto tinha tantos buquês que começava a cheirar a fores. Ele dizia que meus olhos eram como violetas. Ele era lindo, meus pais gostavam dele, e tudo aquilo parecia ser tudo o que eu queria. Tudo aquilo parecia ser feito para mim. Royce era feito para mim. Éramos feitos um para o outro.

Nunca vivemos muito tempo juntos. Ele tinha sempre que trabalhar. E ele gostava muito que fossemos vistos juntos. Nunca ficávamos a sós. Mas eu aprendi a conviver com isso- junto com Royce, vinham os vestidos caros para festas e bailes; além do mais, todos passaram a me tratar melhor do que jamais fora tratada.

Mais a tarde, fui a casa de Vera. Vera era uma amiga que se casara com dezessete anos e agora tinha um lindo filho de cachos negros. Quando seu marido chegou do trabalho, eles se beijaram, de uma forma tão intensa que me deixou com inveja dela novamente. Afastei essa idéia com pensamentos de que eu, Royce teríamos filhos com lindos cachos loiros. Do meu ponto de vista, agora parecia tolice pensar que ela tinha alguma sorte.

Ao voltar para casa,percebi que estava frio. Mais a frente, vi um grupo de homens completamente bêbados, e pensei em ligar para o meu pai; mas eu já estava muito perto de casa para isso. Percebi que eles estavam bem vestidos, até que um deles gritou:

- Rose! Esta é a minha Rose! Está atrasada. Estamos com frio, você nos deixou esperando tempo demais.

E enquanto Royce gritava, os outros riam como loucos. Fiquei assustada. Nunca tinha visto meu noivo beber.

-O que foi que disse, John? Não é a coisa mais adorável de todas as belezinhas da Geórgia?

John era o novo amigo de Royce. Era de Atlanta. Tinha a pele bronzeada e cabelos escuros. Logo, ele respondeu:

-É difícil dizer. Ela ainda está completamente vestida.

Todos eles riram como macacos. Em um segundo, Royce rasgou o casaco que ele próprio me dera. De pois, eu me encontrava urrando de dor, com meu cabelos sendo arrancados ao que eles tiravam meu chapéu que estava fortemente preso com grampos. Royce gritou novamente:

-Mostre-lhe como você é, Rosalie!

Depois de um longo tempo, eles me jogaram assim, maltratado, suja e nua, na rua.. Foi assim que aquela figura que mais tarde vim a saber que se chamava Carlisle, me encontrou. Só me lembro de sentir uma dor pavorosa e de tudo ficar escuro. Depois deste episódio, me dei conta do que me transformara Vampiro. Carlisle era chefe de uma família deles- Os Cullen. Mas, ao contrário de muitos ali, tive todo o apoio necessário. Menos o de um tal de Edward. Suas primeiras palavras em relação a mim foram quando Carlisle lhe fez uma proposta para que ele se casasse comigo. Suas palavras foram grossas:

-No que está pensando, Carlisle?

E com o resto do diálogo, ficou bem claro que ele queria que eu morresse. Mas eu estava com sede de vingança demais para me importar com isso. Comecei a culpar a minha beleza por tudo o que havia acontecido. Senti novamente inveja por Vera por ter alguém que a amasse. Na minha vingança, matei cinco “amigos” de Royce, e mais dois guardas. Deixando Royce para o final(uma ótima ideia),, me vesti com meu vestido de noiva para matá-lo. Estudei cada centímetro para que fosse tudo perfeitamente assustador. Com prazer, escrevo as últimas palavras de dele:

-Volte para o inferno, Rose. Não é possível que esteja viva.

-Tem razão, Royce; realmente não estou viva. Mas você vai para o inferno antes.

* * *

E agora, com mais espaço para pensar em minha mente, eu passava dias me perguntando- Como é que esse tal de “Edward Cullen” conseguiu rejeitar uma figura tão esbelta como eu, Rosalie Hale- Ou melhor agora- Rosalie Cullen?

Lua Dourada - Capítulo 5

Anos se passaram e até me acostumei com essa minha nova vida. Logo meu melhor amigo, Peter, deixou nosso clã junto com sua amada, Charlotte. Outros de meus amigos também faziam como ele, e Maria tinha que criar mais alguns de nós. Mas ela deixava alguns irem sem insistência em ficar, dizia que era melhor que eles fizessem o que queriam, pois um soldado sem entusiasmo não é um soldado útil.

Eu já podia sentir, logo seria minha vez. Queria sentir a única coisa que não havia sentido em minha vida humana: amor. E até agora eu também não tinha sentido esse sentimento durante minha vida de vampiro. Parecia que eu vivia apenas para guerrear, as cicatrizes já se encontravam em todo o meu corpo. Os olhos humanos não as viam, mas os meu sim. Apenas o veneno de vampiro deixa cicatrizes em nossa pele dura como mármore...

Lucy e Nettie já haviam abandonado também o nosso clã: Lucy havia encontrado sua alma gêmea, um vampiro canadense que estava de passagem por aqui. Já Nettie não teve tanta sorte. Há um ano atrás, durante uma guerra, foi estraçalhada por outros vampiros por atacar sozinha o "rebanho" deles. Maria não se mostrou triste por momento algum, e Lucy provavelmente ainda não sabia dessa notícia, pois estava viajando pelo mundo com seu marido, e creio que ela jamais voltaria para cá.

Estava sentindo falta de alguem para conversar, pois Maria andava muito ocupada com novas estratégias e eu não tinha mais amigo algum dentre os vampiros do clã. Até que um dia eu decidi:

- Maria, vou deixar seu clã. Vou procurar o meu lugar no mundo. - concentrei-me totalmente nela, fazendo com que ela apenas dissesse:

- Claro, Jasper. Você pretende partir quando? - diferentemente do que pensei, ela nem sequer piscou, talvez fosse por causa do meu poder concentrado nela.

- Hoje mesmo - respondi. - Agora mesmo.

Maria veio na minha direção e me abraçou, e disse apenas:

- Quando precisar de mim, me chame. - e virou as costas para mim. Eu podia sentir que ela estava um pouco magoada, mas eu tinha que fazer isso. Virei-me para o norte, o sol estava se pondo no horizonte. Era a hora. Agora eu poderia andar livremente sem o sol, e lá estava eu. Correndo para noroeste.

* * *

Em minha viagem encontrei Peter e Charlotte, que eram eternamente gratos a mim por deixá-los fugir, enquanto Maria havia pedido a mim que os destruísse. Apesar de minha velocidade superior, deixei-os partir e Maria ficou furiosa comigo durante algum tempo.

Viajei alguns anos com eles, mas logo fiquei com depressão. E sabia que para me livrar dela teria que abandoná-los. Disse adeus a eles e parti novamente.

Eu tinha um pressentimento que se viajasse sozinho, a depressão iria desaparecer, e iria acontecer alguma coisa. Parei de pensar e apenas corri.

* * *

No dia seguinte, eu ainda estava correndo. Comecei a sentir um cheiro peculiar, tão doce, que podia ser apenas de outro de nós. Mas era uma fragância tão leve, que decidi parar para esperar ele chegar até mim. Eu sentia que ele estava vindo para cá.

Fechei os olhos e me concentrei no meu poder. Sentia um humano triste ao sul, e acalmei ele um pouco. Logo encontrei esse vampiro com meu poder, e percebi como estava alegre. Estava sozinho. Havia começado a chover.

Corri em direção à Philadelfia, com a tempestade em meu encalço. Entrei em uma lanchonete para manter as aparências, pois ninguém em sã conciência ficaria andando na chuva. Meus olhos estavam escuros o bastante para disfarçarem minha verdadeira identidade, mas isso significava que eu estava com sede. Isso me preocupou um pouco.

Da lanchonete que entrei vinha aquele cheiro doce. Ela estava meio vazia, mas logo percebi a origem do perfume. Foi a primeira vez que eu a vi.

Era a vampira mais linda que eu já havia visto: era baixinha e ao mesmo tempo imponente, mas parecia frágil. Tinha os cabelos curtos e negros, a pele mais pálida do que a de Maria. No seu rosto havia um sorriso enorme, e logo também me senti feliz. Eu acho que havia me apaixonado. Pulou do alto do balcão e veio na minha direção.

Isso me chocou, pois não sabia se ela iria atacar, mesmo parecendo inofensiva para mim. Logo descartei essa possibilidade, pois o sorriso no seu rosto não confirmava minhas suspeitas. E as emoções que emanavam dela, apenas alegria, uma felicidade crescente enquanto vinha para mim.

- Você me deixou esperando por muito tempo. - ela disse. Sua voz era a mais doce que eu já havia escutado, e seu sorriso estava cada vez maior.

- Eu lamento, madame - respondi abaixando a cabeça para cumprimentá-la. Ela levantou a mão, e sem me dar conta do que eu estava fazendo, beijei-a. Pela primeira vez em um século, senti esperança. Esperança de uma nova vida, de uma vida com um amor de verdade.

Senti também que ela estava aliviada. Nossos rostos se aproximaram e nos beijamos.

Isso nunca havia acontecido comigo antes, mas quando seus lábios tocaram nos meus esqueci tudo a minha volta. Eu via apenas ela. E ela apenas me via. Tinha a pele gelada como a minha, mas para mim parecia normal, porque estávamos na mesma temperatura.

- Meu nome é Alice - disse ela, logo depois do beijo, olhando-me nos olhos. Eu estava sem palavras.

- Eu... - tentei falar, mas ela logo me interrompeu:

- Eu já sei o seu nome, Jasper. - Como ela sabia o meu nome, se nunca havíamos nos visto antes? - Eu te amo. - Disse-me carinhosamente.

- Eu também - foi a única coisa que consegui falar.

- Eu também já sei isso. Nós vamos ficar juntos, para sempre! - Alice disse para mim, alegremente. Nela, eu tinha certeza que podia confiar.

- Para sempre - concordei.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Sol Poente - Capítulo 5

Ninguém sabe disso. Sabe, aquilo não foi algo muito... Certo. Ir a casa dela, a tal da Bella. Ela mora sozinha, com o pai, nada de cães, o que facilitava minha “visita”. Bom, a casa dela não é grande, mas é bonita, bem arrumada. Fui as quatro horas da manhã, enquanto ela ainda estava dormindo. Ela é estranha- fala enquanto dorme.

Olhei para o despertador: ela acordaria exatamente as seis da manhã. Eu fui relativamente rápida... Mas aconteceram imprevistos. Depois de confirmar o que eu já sabia -que ela não tinha nenhuma roupa que não parecesse velha. Aliás, todas eram velhas. E feias. Que era organizada demais. Que não tinha diário. E que a mãe perdeu o carregador do celular, porque ela tinha um bilhete que dizia “compra carregador para a mamãe”. E quem quer que seja que tenha arrumado aquele quarto... Nunca teve noções de que “verde não combina com amarelo” Enfim, eu vi tudo o que queria, escutei o que falava dormindo, pensamentos sem graça alguma sobre Edward, e estava pronta para sair. Mas quando saia pela janela, chutei a luminária, que acabou por cair, o que acordou ambos os moradores da casa. A garota fez um movimento para acender o abajur, e assim eu me coloquei debaixo da cama. E ali fiquei, esperando que ela voltasse a dormir, mas isso não aconteceu.

-Nossa, como isso caiu? Charlie deve ter acordado. Vou fechar a janela. Será que aquele animal entrou? Vou ver se esta na casa.

Ela não somente fechou a janela, como trancou-a. E levou a chave consigo. Foi fazer a sua vistoria na casa. E então eu teria que esperar. Mas mal Bella saiu, eu vi o objeto que derrubara, e não me controlei, realmente gritando:

-Que luminária horrível!!! Como alguém comprou isso?- Eu gritei, mas não esperava resposta.

-Eu achei que tinha gostado. E ela é boa para os estudos... Por que não disse que não tinha gostado? Espere... Foi ela que caiu? Quebrou? Talvez eu saiba consertar... Vou até aí ver.

-Papai? Por que ir no meu quarto? Com quem está falando? Acho que ela quebrou sim... Quer uma ajuda?

-Estou falando contigo, é claro. Mas onde você está? Eu gostaria que você viesse... Mas não é nada grave... Mas por favor, traga novas pilhas. As antigas saíram pela janela.

Comecei a ficar um tanto quanto nervosa. Especialmente quando ouvi os passos dele, e o barulho dela tropeçando pela escada. Até que ela se cortou com a embalagem das pilhas. O pai dela foi vê- la. Mas quando chegaram a conclusão de que estava bem, retomaram seu rumo. Sentiram o cheiro forte do meu perfume, e começaram a procurar alguém que arrombara a casa. Mas meu silêncio foi tão perfeito que acharam que se algum ser havia estado ali, não tardara em sair. Mas enquanto Charlie fora dormir, ela foi fazer os deveres de casa que tinha esquecido. Desativou o despertador. E eu fiquei ali debaixo da cama. As oito ela percebeu que estava atrasada, e se lembrou de ter colocado a mochila debaixo da cama. Não tive reação. Eu somente fiquei paralisada. Ela, na pressa mesmo vendo que tocara em algo gelado, saiu correndo.

Foi só então, depois da casa ficar vazia, que eu pude sair. Tive que ter muito cuidado, uma vez que todas as janelas estavam trancadas, e saí pela porta da frente. Assim, acabei por não ir a aula, e saí pelo dia e pela noite, para evitar comentários e perguntas que prefiria não responder. Mas a minha semana não foi fácil. A próxima besteira de Edward nos colocaria ainda mais em risco. E essa não seria uma das garotas que ele iria beber o sangue.